Uma vida dedicada a salvar elefantes e rinocerontes órfãos e vítimas da ação do homem. Essa é a vida da cuidadora Daphne Sheldrick, que desde criança sentia afinidade com os animais e sempre buscou ajudá-los da forma que podia. Pois a gestora da Fundação David Sheldrick Wildlife Trust Elephant, localizada próxima à Nairóbi, capital do Quênia, criou a organização não governamental justamente para colocar sua paixão em prática: proteger e conservar a vida selvagem no país africano.

Vítimas da caça furtiva devido ao marfim, os elefantes viram a sua área de distribuição se modificarem e reduzirem nas últimas décadas. Para que os animais não sejam extintos, a fundação sem fins lucrativos atua no resgate e na criação dos elefantes e rinocerontes órfãos para que eles possam se desenvolver e retornar à vida selvagem.

No detalhe, Daphne Sheldrick acariciando um elefante. A cuidadora usou na instituição o nome do seu falecido marido, David Sheldrick, que foi naturalista e fundador diretor do Parque Nacional de Tsavo, também no Quênia. Daphne escreveu um livro onde conta sobre seus cuidados com animais e sua vida ao lado de David, intitulado “Uma História de Amor na África”
(Foto: David Sheldrick Wildlife/Divulgação)

Hoje, a fundação de Nairóbi é considerada como uma das principais instituições de resgate e reabilitação de elefantes órfãos do mundo. A organização também gerencia equipes anti-caça , unidades veterinárias móveis e programas de alcance comunitário na região.

Profissionais se revezam nos cuidados com os animais. De acordo com dados fornecidos pela própria David Sheldrick Wildlife, mais de 160 elefantes órfãos já foram reabilitados pela fundação
(Foto: David Sheldrick Wildlife/Divulgação)

Alguns hipopótamos também são reabilitados na David Sheldrick Wildlife
(Foto: David Sheldrick Wildlife/Divulgação)

O parque é aberto aos turistas durante uma hora por dia para visitação, sempre no horário entre 11 da manhã e meio-dia. Os visitantes podem ver os filhotes sendo alimentados pelos cuidadores, tomando banho de água e lama e, dependendo da sorte, também podem acariciar os elefantinhos órfãos. Os tratadores apresentam um a um os filhotes ao público e a sessão de fotos é liberada durante toda a permanência por lá.

Para quem se interessar em ajudar a fundação, há a opção de “adotar” um animal por um ano ao custo de US$ 50. O adotante recebe atualizações regulares sobre o órfão via e -mail (com fotos do desenvolvimento do elefante adotado), além de uma cópia da biografia do animal, um certificado de adoção e uma pintura em aquarela do órfão. No local, há também camisetas e lembranças para venda e o dinheiro é todo revertido para a instituição
(Foto: David Sheldrick Wildlife/Divulgação)

A fundação fica próxima ao subúrbio de Karen, a 45 minutos de Nairóbi (de carro). Outras atrações para os turistas nas proximidades do parque incluem o Museu Karen Blixen, o Centro de Girafa e um tour de compras em Marula Studios.

Quando os elefantes órfãos chegam a três anos de idade e já podem se alimentar por conta própria, então são transferidos do orfanato de Nairóbi para o Parque Nacional de Tsavo, onde eles se encontram e se misturam com elefantes selvagens em seu próprio ritmo, e, lentamente, acontece a transição de volta à natureza, sendo que a adaptação pode levar até 10 anos para alguns elefantes
(Foto: David Sheldrick Wildlife/Divulgação)

* para mais informações sobre esse passeio, acesse: Fundação David Sheldrick Wildlife Trust Elephant

** para ajudar virtualmente a instituição (com adoção ou compra de produtos), acesse: Elephant Diaries / Gift Shop